A prisão de Atahualpa: último imperador inca
Em 16 de novembro de 1532, Atahualpa, o 13º e último imperador inca, foi capturado por Francisco Pizarro. Isso aconteceu na cidade de Cajamarca, no Peru. Este evento foi o começo do fim do Império Inca e do sucesso da conquista espanhola na América do Sul.
Leia também, A prisão de Rosa Parks e o protesto histórico
Atahualpa foi preso em uma emboscada preparada por Pizarro. Ele tinha apenas 168 soldados espanhóis contra milhares de incas sem armas.
Principais destaques:
- Atahualpa, o último imperador inca, foi capturado por Francisco Pizarro em 16 de novembro de 1532 em Cajamarca.
- A prisão de Atahualpa marcou o início do colapso do Império Inca e o avanço da conquista espanhola na América do Sul.
- Pizarro e seus 168 soldados emboscaram e capturaram Atahualpa, que chegou a Cajamarca com um exército de 30 mil homens.
- O Império Inca já estava enfraquecido por uma guerra civil entre Atahualpa e seu irmão Huascar quando os espanhóis iniciaram a invasão em 1532.
- Atahualpa foi executado por estrangulamento em 26 de julho de 1533, oito meses após sua prisão.
Contexto histórico da Civilização Inca
O Império Inca, também chamado de Tahuantinsuyu, era uma civilização avançada. Ele dominava grande parte da América do Sul no século XVI. Seus primeiros grandes imperadores, como Pachacuti, começaram a reinar em 1438.
Naquela época, o império ia do sul da Colômbia até o norte da Argentina e Chile.
A ascensão do Império Inca
A cultura e a sociedade inca eram muito organizadas. Tinham uma estrutura política centralizada e um sistema econômico baseado em agricultura e comércio. Mas, enfrentavam conflitos internos e externos que ameaçavam sua estabilidade.
Conflitos internos e externos
A morte do imperador Huayna Cápac e a disputa pela sucessão entre seus filhos Atahualpa e Huáscar causaram uma guerra civil. Essa guerra, conhecida como Guerra dos Dois Irmãos, enfraqueceu muito o império inca.
Isso o tornou vulnerável à invasão espanhola liderada por Francisco Pizarro.
A segunda expedição de Pizarro partiu do Panamá em 1531. Ele levava cerca de 200 homens em três navios para as terras dos incas. Essa invasão, juntamente com os conflitos internos do império inca, marcou o fim da civilização inca.
A chegada dos conquistadores espanhóis
No início do século XVI, os conquistadores espanhóis começaram suas jornadas rumo ao Império Inca. Eles eram atraídos pelas riquezas e fama da civilização inca. Francisco Pizarro liderava essas expedições, que ocorreram entre 1526 e 1532. Eles queriam entender a estrutura e os costumes dos incas para conquistá-los.
A expedição de Francisco Pizarro
Em 1529, Francisco Pizarro recebeu permissão da Coroa espanhola para explorar o Peru. No ano seguinte, ele fundou San Miguel de Piura, o primeiro povoado hispânico na região. Ele reuniu 62 cavaleiros e 106 infantes para enfrentar o Império Inca.
O impacto da colonização europeia
A chegada dos espanhóis mudou muito a vida dos povos indígenas do Peru. A imposição da língua, religião e costumes dos espanhóis alterou a cultura e a organização social dos incas. A aliança com outros grupos indígenas foi essencial para a conquista europeia.
Primeiros contatos com os incas
Os primeiros encontros entre espanhóis e incas foram de desconfiança e curiosidade. Enquanto os conquistadores queriam entender o império, os líderes incas, como Huáscar e Atahualpa, lutavam por poder. Essa guerra civil enfraqueceu a resistência aos invasores.
A captura de Atahualpa
Em 16 de novembro de 1532, Francisco Pizarro preparou uma emboscada em Cajamarca. Ele tinha menos de 200 homens. Atahualpa, o último imperador inca, entrou na praça com cinco mil soldados desarmados.
Os espanhóis, escondidos, atacaram de surpresa. Eles usaram armas de fogo e cavalaria. Isso causou pânico entre os incas.
O cerco a Cajamarca
O massacre em Cajamarca foi rápido e violento. Pizarro matou cinco mil homens em apenas uma hora. Atahualpa foi capturado por Andrés Contero após sua liteira cair.
Estratagemas utilizadas pelos conquistadores
- Emboscada bem planejada em Cajamarca
- Uso de armas de fogo e cavalaria para surpreender os incas desarmados
- Captura do imperador Atahualpa durante a confusão
Esse evento marcou o fim do Império Inca e o início da colonização espanhola. A captura de Atahualpa e o cerco a Cajamarca foram essenciais para a vitória sobre os incas.
O que levou à prisão
A prisão de Atahualpa, o último imperador inca, foi resultado de vários fatores. As rivalidades e conflitos internos do Império Inca e a visão de Francisco Pizarro foram essenciais. Esses elementos combinados levaram a esse evento importante.
Rivalidades entre os líderes incas
Após a morte do imperador Huayna Capac, em 1528, seus filhos Atahualpa e Huáscar lutaram pela sucessão. Atahualpa venceu seu meio-irmão Huáscar, enfraquecendo o Império Inca. Isso abriu a porta para os espanhóis, liderados por Francisco Pizarro.
A visão de Pizarro sobre Atahualpa
Pizarro viu a prisão de Atahualpa como uma chance de controlar o Império Inca. Ele aproveitou-se das divisões internas e da crença dos incas na divindade de seu imperador. Assim, planejou a captura de Atahualpa para conquistar o território.
Portanto, a prisão de Atahualpa resultou de fatores como as rivalidades incas e a visão de Francisco Pizarro. Esses elementos foram cruciais para atingir seus objetivos de conquista.
Condições da prisão de Atahualpa
Atahualpa, o imperador inca, foi mantido cativo em Cajamarca. Mas ele tinha liberdade para governar seu império. Ele jantava com o conquistador Francisco Pizarro, aprendia espanhol e jogava tabuleiro com seus captores.
Atahualpa recebia visitas de curacas (líderes locais). Eles queriam falar com ele. Ele era cuidado por seus servos e mulheres. Mas, mesmo assim, era um prisioneiro, sujeito às vontades dos espanhóis.
A vida dentro do cativeiro
Atahualpa ainda controlava seu império, mesmo preso. Ele dava ordens a seus generais e curacas. Eles lutavam contra os espanhóis.
- Atahualpa jantava com Francisco Pizarro, tentando negociar.
- Ele aprendeu espanhol rápido, facilitando a comunicação.
- Sua rotina era relativamente confortável, graças aos cuidados de seus servos e mulheres.
Demandas e negociações
Atahualpa enfrentava pressões dos espanhóis. Eles queriam ouro e prata para soltá-lo.
- Os espanhóis pediam ouro e prata, muito.
- Atahualpa pagou, mas os espanhóis não libertaram ele.
- As condições de prisão de Atahualpa continuaram, com ele sob controle dos captores.
A famosa sala de ouro
Em 1532, Francisco Pizarro e seus homens capturaram o imperador Atahualpa. Uma negociação famosa aconteceu. Atahualpa propôs encher uma sala com ouro e prata. A sala tinha 11,80 metros de comprimento e 7,30 metros de largura.
Atahualpa queria encher a sala com 24 toneladas de ouro e prata. Isso foi o maior resgate de atahualpa da história.
O resgate e suas consequências
Apesar de cumprir a promessa, Atahualpa não foi solto. Os espanhóis derreteram a maior parte do ouro. Eles dividiram a riqueza entre si.
O ouro inca resgatado valia 300 milhões de dólares na época. Era um valor incrível.
A resposta dos incas à prisão
A prisão de Atahualpa fez os incas reagirem com violência. Muitas figuras importantes e 20.000 índios foram mortos por Pizarro. A queda do Império Inca estava próxima.
Leia também, Alberto Santos Dumont: O Pai da Aviação Brasileira
O julgamento de Atahualpa
O último imperador inca, Atahualpa, foi julgado rapidamente por Francisco Pizarro. Isso aconteceu entre os dias 25 e 26 de julho de 1533. Ele foi acusado de muitos crimes, como idolatria e traição.
Alguns acreditam que as respostas de Atahualpa foram alteradas pelo intérprete Filipillo. A Igreja, através do padre Valverde, foi muito importante na condenação dele.
Acusações e defesa do imperador
As acusações contra Atahualpa incluíam:
- Idolatria e heresia, por professar a religião inca
- Regicídio e fraticídio, pela suposta morte de seu irmão Huáscar
- Poligamia e incesto, por suas relações com suas irmãs
- Traição, por supostamente planejar uma revanche contra os espanhóis
A defesa de Atahualpa tentou negar as acusações contra atahualpa. Mas suas palavras foram questionadas e mudadas durante o julgamento de atahualpa.
O papel da Igreja na condenação
A igreja na conquista foi muito importante no julgamento de atahualpa. O padre Valverde, falando pela Igreja Católica, ajudou a condenar Atahualpa.
Apesar de muitas dúvidas sobre o processo, Atahualpa foi considerado culpado. Ele foi executado por estrangulamento em 26 de julho de 1533.
Consequências da prisão
A prisão e execução de Atahualpa, o último imperador inca, em 26 de julho de 1533, marcou o fim do Império Inca. Francisco Pizarro e os espanhóis conquistaram Cuzco, a capital. Eles colocaram um rei fantoche no trono, começando a expansão colonial espanhola.
A queda do Império Inca
Com a captura de Atahualpa, a resistência indígena foi enfraquecida. Mas alguns grupos ainda lutaram contra os espanhóis. A queda do Império Inca permitiu a exploração e conquista de outras áreas da América do Sul.
Impactos na resistência indígena
- A prisão e execução de Atahualpa abalaram profundamente a estrutura política e social do Império Inca.
- Alguns grupos indígenas, como os incas de Vilcabamba, continuaram a resistir à dominação espanhola por décadas, até serem finalmente derrotados.
- A chegada de doenças desconhecidas, como a varíola e o sarampo, enfraqueceu ainda mais a população nativa, contribuindo para o colapso do império.
As consequências da conquista espanhola foram devastadoras para o Império Inca e sua população. A queda do império e o enfraquecimento da resistência indígena abriram caminho para a rápida expansão do domínio colonial na região.
O legado de Atahualpa
Atahualpa, o último imperador inca, morreu há séculos. Mas seu legado ainda vive na cultura dos povos andinos. Seu nome simboliza a luta dos indígenas contra os espanhóis.
Sua morte marcou o fim de uma era e o começo de uma nova realidade. Essa realidade foi imposta pela colonização.
A memória cultural do último imperador
Alguns acreditam que a múmia de Atahualpa está escondida em Malki Machay, Equador. Seus súditos a levaram para mumificar. Sua imagem ainda é vista como um herói trágico pelos descendentes dos incas.
Para eles, sua história simboliza a queda de um império e a tragédia da colonização.
Reflexões sobre a colonização e seus efeitos
A prisão e morte de Atahualpa são marcos importantes na história da colonização. Esse evento faz pensar no impacto da conquista nas Américas. A conquista mudou a vida dos povos indígenas de forma profunda.
Embora a civilização inca tenha acabado, seu legado cultural ainda existe. Isso é visto na persistência do idioma quechua e no turismo em lugares como Machu Picchu.
Leia também, Dom Pedro II: O Último Imperador do Brasil