O Que Significa Lobotomizado? Descubra a História da Lobotomia
O termo “lobotomizado” fala de alguém que fez uma cirurgia chamada lobotomia. Criada em 1935 por António Egas Moniz, essa técnica tratava problemas mentais graves. Problemas como depressão, esquizofrenia e atos violentos ou suicidas eram o foco.
A história da lobotomia é rica e complicada. Primeiro, foi vista como um avanço na psiquiatria. Mas logo mostrou perigos. Cerca de 6% dos pacientes morreram na operação. Nos Estados Unidos, mais de 50.000 pessoas passaram por essa cirurgia. A prática caiu em desuso devido a controvérsias, sendo substituída por remédios antipsicóticos.
António Egas Moniz ganhou o Nobel em 1949 pelo seu trabalho com lobotomia. Mesmo assim, surgiram muitas críticas e debates éticos. Isso aconteceu principalmente quando se viu os efeitos ruins no corpo e mente dos pacientes. No Brasil, até mil lobotomias foram feitas até a década de 1950.
Pontos Chave
- A lobotomia foi criada em 1935 por António Egas Moniz. Ela cortava conexões entre os lobos frontais e o tálamo.
- Aproximadamente 6% dos pacientes morreram após a lobotomia.
- Mais de 50.000 lobotomias foram feitas nos Estados Unidos no seu auge.
- Na década de 50 e 60, o procedimento foi deixado de lado por remédios antipsicóticos.
- A lobotomia é um dos capítulos mais polêmicos na história da psiquiatria.
O que é a lobotomia?
A lobotomia, ou leucotomia, era uma cirurgia do cérebro. No século XX, visava tratar transtornos mentais severos. Este procedimento cortava conexões do lobo frontal. É conhecido pelas suas consequências fortes, seja no corpo ou nas emoções.
Definição de lobotomia
O nome “lobotomia” vem do grego e significa “corte do lobo”. Seu significado era cortar partes do cérebro. O objetivo era aliviar sintomas de doenças mentais. Começou com o neurologista António Egas Moniz em 1935. Ele queria mudar o comportamento e funções cognitivas ao interromper circuitos no lobo frontal.
Breve histórico do procedimento
As primeiras lobotomias aconteceram em 1935, em Lisboa. António Egas Moniz supervisionou o procedimento. Foram operados oito pacientes, sendo o primeiro com depressão. Mais tarde, em março de 1936, houve 20 operações em casos como depressão, esquizofrenia, e síndrome do pânico.
Moniz notou melhorias em alguns, mas as consequências da lobotomia foram graves para muitos. Em 1949, ganhou o Prêmio Nobel da Medicina. Mesmo assim, o método começou a ser questionado por seus efeitos adversos. Nos EUA, foram feitas cerca de 40.000 lobotomias, especialmente nos anos 1940 e 1950.
A lobotomia no século XX ainda é importante na medicina. Nos faz refletir sobre a ética de tratamentos médicos invasivos.
A origem da lobotomia
A lobotomia surgiu de um trabalho cuidadoso em neurocirurgia e psiquiatria. É importante na história da medicina. António Egas Moniz, neurologista português, trouxe a técnica em 1935. Ele foi pioneiro nesta abordagem.
Moniz e Almeida Lima foram os primeiros a fazer isso em humanos. Começaram com testes em primatas. Isso mostrou que a técnica podia ajudar com esquizofrenia e depressão. Estas cirurgias iniciaram uma época de descobertas e debates.
Primeiros estudos e pesquisas
Moniz queria tirar partes do cérebro que causavam problemas. Seu trabalho logo ficou conhecido. Os primeiros resultados foram debatidos em conferências médicas. Receberam tanto elogios como críticas.
No Brasil, lobotomias foram feitas entre 1936 e 1956. Mais de mil pacientes passaram por isso, com mortalidade de 2%. O Juquery, em São Paulo, foi um centro importante. Lá, usaram esse método em muitos pacientes difíceis.
Pioneiros na técnica de lobotomia
Internacionalmente, Moniz teve companhia. O americano Walter Freeman ficou famoso por suas lobotomias. Ele mudou a técnica de Moniz e fez cerca de 3.500 operações. Suas inovações trouxeram atenção, mas também críticas pelos efeitos negativos.
Estudar esses tratamentos e seus impactos é crucial. Isso ajuda a entender melhor a medicina. Para saber mais, veja este artigo sobre grimórios e esoterismo.
Moniz e Freeman foram fundamentais na neurocirurgia. Apesar das controvérsias, contribuíram muito. Eles ajudaram a avançar no entendimento da mente e tratamento de transtornos mentais.
O processo de lobotomia
A lobotomia era uma cirurgia usada no século XX. Foi popular de 1935 até os anos 1950. Buscava curar problemas mentais como esquizofrenia e depressão severa.
Como é realizado o procedimento?
No começo, abriam o crânio para chegar ao cérebro. Essa ideia veio de António Egas Moniz. Ele criava lesões no cérebro usando etanol. Depois, Walter Freeman fez a lobotomia transorbital ficar conhecida. Era feita com um instrumento parecido com um picador de gelo, entrando pelo canto do olho.
Havia muitas formas de fazer uma lobotomia. Todas eram arriscadas. Em 1949, fizeram 5.074 lobotomias nos Estados Unidos. A mortalidade era de cerca de 6%. Alguns pacientes melhoraram. Mas outros pioraram ou ficaram na mesma.
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Tipos de lobotomia
Existiram vários tipos de lobotomia:
- Lobotomia pré-frontal: O método original de Moniz. Cortava conexões nos lobos frontais do cérebro.
- Lobotomia transorbital: Feita por Freeman, usava um instrumento como um picador de gelo pela órbita ocular.
- Cingulotomia: Menos invasiva, usada em casos específicos; melhorou 5 de 18 pacientes.
De 1930 a 1950, 40.000 a 50.000 pessoas fizeram lobotomia nos EUA. No Reino Unido, foram mais de 17.000. No Brasil, cerca de 1.000 até 1956. Os efeitos variaram muito. Foram desde melhorias até a morte de pacientes.
Efeitos da lobotomia
Os efeitos da lobotomia variavam muito. Alguns tinham menos sintomas. Outros enfrentavam consequências graves como incapacidade ou morte. Esta prática foi um milagre e uma catástrofe na medicina.
Impactos físicos e psicológicos
A lobotomia iniciada em 1935 trazia riscos. Impactos físicos incluíam:
- Perda de mobilidade nas pernas.
- Problemas oculares.
- Lentidão na fala.
Psicologicamente, poderia haver:
- Falta de inibição social.
- Alterações de personalidade.
Um estudo no Reino Unido analisou pacientes entre 1942 e 1954. Relatou que 41% melhoraram ou se recuperaram. Cerca de 28% tiveram pequenas melhoras, 25% não mudaram, e 4% morreram.
Casos famosos de lobotomia
Rosemary Kennedy é um caso notório. Sua lobotomia a deixou permanentemente incapacitada. Isso levantou questões éticas sobre a prática.
Howard Dully foi lobotomizado aos 12 anos. Ele não sofreu sequelas graves, mas se sentiu como um “zumbi”.
Dr. Walter Freeman espalhou a lobotomia transorbital nos EUA. Fez cerca de 2.500 operações. A prática declinou nos anos 60. Isso marcou uma mudança para tratamentos mais éticos e eficazes na saúde mental.
Lobotomia na cultura popular
A lobotomia tocou o coração das pessoas, marcando a literatura e o cinema. Isso fez com que a forma como as pessoas veem o procedimento mudasse.
Representações em filmes e literatura
Nos filmes, a lobotomia mostra seu lado mais sombrio. O filme Um Estranho no Ninho é um exemplo. Nele, o personagem de Jack Nicholson passa por uma lobotomia como castigo. Séries atuais, como “Ratched”, mostram a lobotomia como controle sobre os outros.
Muitas histórias mostram a lobotomia como algo cruel. Revelam também como era usada para oprimir, segundo livros e artigos da era colonial na África. Uma análise pode ser vista neste link.
Percepções sociais sobre a lobotomia
A visão do público sobre a lobotomia é complexa por causa de seu passado. Críticas à prática já eram feitas ainda quando era comum. Com o tempo, essas opiniões influenciaram muito o que se pensa hoje.
Com a desistência do procedimento, a visão negativa continua. O jeito como a mídia mostra a lobotomia influencia isso. Essa visão leva a debates sobre as práticas psiquiátricas e a saúde mental na sociedade.
A queda da lobotomia
A lobotomia era comum, mas começou a ser menos usada nos anos 1950 e 1960. Isso aconteceu por causa de críticas e o surgimento de remédios para a mente. Os remédios eram um jeito melhor e mais seguro de ajudar as pessoas.
Críticas e Debates Éticos
As pessoas passaram a criticar mais a lobotomia com o tempo. Elas não concordavam com a forma como era feita. Walter Freeman fez muitas lobotomias e dizia que quase sempre dava certo.
Mas descobriram que muitos morriam por causa da cirurgia. Isso fez as pessoas discutirem se era certo ou não fazer.
A preocupação com o bem-estar dos pacientes cresceu. De 1940 a 1970, muitas lobotomias foram feitas sem que os pacientes concordassem. Muitos não sabiam dos perigos.
Alternativas ao Tratamento
A busca por alternativas à lobotomia levou ao uso de medicamentos. Em 1950, surgiu a clorpromazina, um remédio que ajudava sem ser tão radical. Pesquisas mostraram que esses remédios ajudavam sem os riscos da lobotomia.
No Reino Unido, o número de lobotomias diminuiu muito até meados dos anos 1970. Eles iam de 1.500 por ano para apenas 100 ou 150. Isso mostrou que a medicina estava mudando para melhor. Tornou-se mais ética e cuidadosa com os pacientes.
O legado da lobotomia
Entre 1930 e 1950, nos EUA, a lobotomia foi feita mais de 40.000 vezes. Ela nos ensinou sobre ética em tratamentos psiquiátricos. Também nos mostrou a importância de ser rigoroso na medicina. Cerca de 20% dos pacientes melhoraram com a lobotomia. No entanto, 40% sofreram efeitos graves, questionando a segurança da prática.
O que aprendemos com a lobotomia?
Howard Dully tinha 12 anos quando foi lobotomizado. A história dele mostra os impactos profundos dessas cirurgias. Sua recuperação nos ensina sobre a força do apoio e do compartilhar. A história de Howard, contada no livro Minha Lobotomia, ajuda muitos. Ela promove conversas sobre ética e consequências dos procedimentos.
A importância da saúde mental atualmente
Hoje, a saúde mental é vista como essencial. A ética em tratamentos é cuidadosamente checada. Isso é para evitar os erros do passado. A lobotomia nos ensina sobre a responsabilidade dos profissionais da área. Mostra a necessidade de práticas mais humanas. Discussões e normas, como na política de comentários de Raízes, mostram como evoluímos. Com novos medicamentos nos anos 50, reduzimos internações em até 70%. Isso mostra o valor de alternativas seguras e eficientes.